segunda-feira, 20 de junho de 2016

A história da medicina

A história da medicina atual ou cosmopolita é a história das grandes contribuições de todos os povos a esta arte e prática universal que constitui a medicina. Confunde-se portanto com a história da civilização ocidental. Nesta perspectiva pode ser dividida em: pré história; história antiga que praticamente corresponde à antiguidade oriental e distinguindo-se a medicina na Grécia antiga e Roma e os clássicos períodos de divisão da história ocidental: Idade Média, Moderna e Contemporânea.
Confunde-se, na cultura popular, o caduceu (duas serpentes) e o bastão de Esculápio (uma única).
Antiguidade oriental
Oriente é um modo de ver como oriental um conjunto de povos da Ásia e Norte da África. Os textos sobre esse tema incluem as civilizações Egípcia, Chinesa, Norte-Indiana(Indo-Européia), Persa(Indo-Européia)[1] , Norte-Paquistanesa(Indo-Européia) e dos povos semitas (Árabes e Judeus). Naturalmente que estes povos poderiam ser subdivididos em centenas de etnias e sistemas etnomédicos, contudo a relativa uniformidade lingüística, presença escrita de textos especializados e acontecimentos históricos marcantes, com especial significado para desenvolvimento da medicina cosmopolita, permitem manter tal divisão.
Medicina Ayurveda
Ayurveda, o conhecimento Védico de medicina data de há cerca de 6000 anos. Neste conhecimento, a saúde é entendida como a harmonia entre o corpo, mente e espírito. Os seus dois textos mais famosos pertencem às escolas de Charaka e Sushruta. De acordo com Charaka, a saúde e a doença não são predeterminadas e a vida pode ser prolongada pelo esforço humano. Sushruta define como finalidade da medicina curar as doenças do doente, proteger o saudável e prolongar a vida.
Entre os Vedas, o Yajur Veda refere-se especialmente às questões médicas, daí decorrendo o nome até hoje utilizado de medicina Ayurvédica. O Ayurveda descreve oito ramos:(chikits) (medicina interna), shalyachikits (cirurgia incluindo anatomia), kyachikits (doenças do olho, ouvido, nariz, e garganta), kaum; rabhritya (pediatria), bhtavidy; (psiquiatria, ou demonologia), agada tantra (toxicologia); rasyana (ciência do rejuvenescimento), e karana (a ciência da fertilidade).
Esperava-se que um estudante do ayurveda viesse a saber as dez artes indispensáveis à aplicação de sua medicina: destilação, habilidades cirúrgicas, cozinha, horticultura, metalurgia, manufatura de açúcar, farmácia, análise e separação dos minerais, combinar metais, e preparação dos alcalóides. O ensino de vários assuntos era realizado durante a instrução de assuntos clínicos relevantes. Por exemplo, o ensino de anatomia era uma parte do ensino da cirurgia, embriologia era uma parte do ensino da pediatria e obstetrícia e o conhecimento de fisiologia e patologia estavam presentes no ensino de todas as disciplinas clínicas.
Na conclusão da iniciação, o guru dava um endereço solene aos estudantes onde o guru dirigia os estudantes a uma vida de castidade, honestidade, e vegetarianismo. O estudante devia esforçar-se com todo o seu ser para curar as doenças. Não devia enganar os pacientes para obter vantagens. Deveria vestir-se modestamente e evitar bebidas fortes. Deveria ser recatado e possuir auto-controle, medir sempre as suas palavras. Deveria aperfeiçoar constantemente os seus conhecimentos e habilidades técnicas. No repouso do paciente devia ser cortês e modesto, dirigindo toda a atenção ao bem-estar do mesmo. Não devia divulgar nenhum conhecimento sobre o paciente e sua família. Se o paciente fosse incurável, devia guardar isto consigo mesmo, caso pudesse prejudicar o paciente ou outros afins.
A duração normal da formação do estudante aparenta rondar à volta de sete anos. Antes da graduação, o estudante devia obter aprovação num teste. Mas o médico (vaidya) devia continuar a aprender através dos textos, da observação direta (pratyaksha), e através da inferência (anum), além de participar de encontros de médicos (vaidyas) onde o conhecimento era trocado. Os doutores também deviam obter conhecimento de remédios incomuns dos habitantes das montanhas, florestas e pastores.
Em 2001, os arqueólogos que estudam os corpos mumificados de dois homens de Mehrgarh, Paquistão, fizeram a surpreendente descoberta de que os povos civilização do vale Indo , originados do adiantado período de Harappan (cerca 3300 AC), tiveram o conhecimento de medicina ' ' e de odontologia. O antropólogo físico que realizou os exames, professor Andrea Cucina da universidade de Missouri-Colômbia, fez a descoberta quando limpava os dentes de um dos homens.
Ayurveda, visa a saúde no equilibrio do corpo, mente e espírito até hoje sobrevive como prática distinta da Alopatia mesmo na própria Índia. Diferencia-se da Medicina tradicional chinesa e da Medicina tibetana embora apresentem elementos e conceitos comuns.
Fonte :
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/História_da_medicina

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