terça-feira, 21 de junho de 2016

Bexiga

Bexiga neurogênica é uma disfunção da bexiga urinária. Pode ter etiologia numa doença, numa ferida ou num defeito de nascença que acomete o cérebro, a medula espinhal ou os nervos ligados à bexiga e/ou esfíncter urinário.
Pode ser de dois tipos:
•Hipoativa (hipotônica): esta é incapaz de se contrair, não havendo o esvaziamento adequado.
•Hiperativa (espástica): esta esvazia por reflexos incontroláveis.
Uma bexiga hipoativa geralmente resulta da interrupção dos nervos que a estimulam. A causa mais frequente em crianças é um defeito de nascença, localizado na medula espinhal (por exemplo, espinha bífida). No caso da bexiga hiperativa, ocorre normalmente por interferência no controle normal da bexiga pela medula e cérebro. As causa mais comuns são uma ferida ou uma doença, como por exemplo, a esclerose múltipla, que acometem a medula espinhal, podendo resultar em paralisia das pernas (paraplegia) ou dos braços e das pernas (tetraplegia). Geralmente, de início, essas lesões fazem com que a bexiga se torne flácida e, posteriormente, torne-se hiperativa, esvaziando-se sem um controle voluntário.
Os sintomas variam de acordo com a etapa em que se encontra a bexiga: em baixa atividade ou superativa.
No caso da bexiga hipoativa, como esta não consegue esvaziar, acaba por dilatar demasiadamente. No entanto, como existe pouca, ou nenhuma atividade nervosa local, esta dilatação não é dolorosa. Geralmente a bexiga continua cheia, perdendo pequenas quantidades de urina constantemente (incontinência por extravasamento). Infecções urinárias são comuns em indivíduos que apresentam esse tipo de bexiga, pois a estase de urina residual nela leva a condições ideais para o crescimento bacteriano. Especialmente em indivíduos que sofrem de infecção crônica na bexiga, pode haver a formação de cálculos nesse órgão, resultando numa obrigatória colocação de sonda.
As bexigas hiperativas podem encher-se e esvaziar-se sem controle e gerando graus de mal-estar que variam, pois o esvaziamento é involuntário.
Em ambos os tipos de bexiga, pode ocorrer lesão renal, devido à pressão e o refluxo da urina a partir da bexiga.
O histórico e o exame físico são partes importantes no diagnóstico de bexiga neurogênica. A avaliação dos hábitos miccionais e a verificação de sinais neurológicos de sensibilidade das extremidades podem ser de grande valia na avaliação da situação neurológica do paciente. O exame mais importante para avaliação do padrão funcional da bexiga é o urodinâmico que nos fornece a avaliação da capacidade de armazenamento e a pressão da bexiga, em outras palavras, como ocorre a expulsão da urina.
No caso de bexiga hipoativa causada por uma lesão neurológica, pode ser inserida uma sonda através da uretra para esvaziar a bexiga constante e intermitentemente. Indivíduos com bexiga hiperativa, também podem necessitar de uma sonda para auxiliar no esvaziamento, quando os espasmos da saída da bexiga impedem o seu esvaziamento total.
O tratamento medicamentoso pode melhorar o armazenamento de urina na bexiga. No geral, bexigas hiperativas podem ser modificadas com o uso de medicamentos que relaxam a mesma, como, por exemplo, os anticolinérgicos. No entanto, esses medicamentos causam efeitos colaterais, como secura da boca e constipação.
Existe também a opção de tratamento cirúrgico, onde é feita uma abertura externa (ostomia) na parede abdominal ou então para aumentar o tamanho da bexiga.
Fontes:
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Bexiga_neurog%C3%AAnica
 http://www.manualmerck.net/?id=155
 http://www.bexiganeurogenica.com.br/
 http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2022/bexiga_neurogenica.htm
 http://www.diabetenet.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=617
                    Doenças da Bexiga
Doenças da Bexiga e da UretraAs bases do tratamento de distúrbios neurogênicos do trato urinário inferior são:Proteção do aparelho urinário superior.Melhora na continência urinária.Melhora na qualidade de vida.Restaurar a função normal do aparelho urinário inferior.Considerar o contexto: deficiência do paciente, custo-benefício, dificuldade técnica e possíveis complicações para escolha do método. Orientações para tratamento conservador Proteger aparelho urinário superior.Tratamento de hiperatividade detrusora com anticolinérgicos.Reabilitação e neuromodulação em casos selecionados.Coletores externos podem reduzir a incontinência para uma situação socialmente aceitável.Qualquer método de micção assistida deve ser utilizado com grande cautela. Orientações para tratamento conservador não invasivoCateterismo intermitente é o tratamento de escolha para o paciente que não consegue esvaziar a bexiga.Os pacientes devem ser bem instruídos sobre a técnica e riscos inerentes ao cateterismo intermitente.Técnica asséptica é a técnica de escolha.Tamanho do cateter 12 -14 Fr.Frequência de cateterismo 4 – 6 vezes ao dia.Volume vesical menor que 400 ml e resíduo pós miccional baixo.Cateteres suprapúbicos em caso de exceção, sob controle rigoroso e com troca frequente dos cateteres (silicone cada 2 -4 semanas e látex cada 1 – 2 semanas).Autocateterismo intermitente (descrito acima).Injeção de toxina botulínica é a droga mais promissora para uso intravesical e redução de hiperatividade.Eletro estimulação intravesical pode ser útil em alguns pacientes.Esfincterotomia a laser é a técnica padrão para tratamento da dissinergia.Para pacientes sem condições cirúrgicas a esfincterotomia por toxina botu​línica poderia ser realizada. Stents uretrais apresentam índice elevado de complicações.Plugues uretrais têm eficácia pequena a longo prazo. - See more at: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-urologia/Paginas/doencas-bexiga-uretra.aspx#sthash.qFbBgnKN.dpuf

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